CONSIDERAÇÕES FINAIS
Do jeito que a coisa vai, não é difícil imaginar que em algum tempo mais da metade da população brasileira seja “crente”. Crente não passa por luta, é só “bença”; crente não precisa ser honesto, pede perdão direto prá Deus, faz campanha! Crente não precisa trabalhar, pois tudo cai do céu; crente não precisa de plano de saúde, pois Deus cura tudo; crente não precisa do BNDS, pois Deus manda a grana e transforma “pião” em empresário. Crente não precisa ser fiel, Deus é fiel no lugar dele; crente não precisa ser manso, pois Deus é de guerra e vence as batalhas por ele. Crente não precisa de nada, Deus faz tudo. Crente nem precisa saber escrever. Crente de hoje nem conhece guerra, só vão à igreja atrás de algo.
Esse é o engano da vida real e o povo vai enchendo os bolsos de pastores sem escrúpulos que não gostam de trabalhar, não gostam de ensinar de verdade, pois é mais fácil mandar e destituir quem não cumpre. Pastores-lobos vestidos de ovelha. Quem hoje quer lutar contra o mundo? Quem hoje quer lutar contra o inferno? Lembra-se do carro lançado em 1977 com o slogan “Um dia você ainda vai ter um”?
Apologias à parte, esquecemo-nos do quanto Jesus ensinou a ter caráter. Já experimentou ler Mateus 5 antes de fazer a campanha do feijão? E a campanha dos sete degraus? E a campanha das cinco letras? E a campanha das águas do Rio Jordão? E a campanha do óleo de Arão? E a campanha dos Valentes, das Rosas, das fitinhas, de Miriã, e o comercio invadindo as igreja fazendo dos irmãos clientela fiel
Jesus ensinou sobre vida, a paciência e a perseverança, enquanto nós queremos as respostas instantâneas. Jesus incentivou a comunicação particular com Deus e nós terceirizamos a pastores que arrancam o dinheiro e o fundo dos bolsos dos abandonados e injustiçados e da pobreza urbana da nação. Ai deles, pois o Dia do Senhor se aproxima. Estes pastores terão de dar conta por haver lançado dúvidas sobre o texto “iam, vendiam o que tinham e colocavam aos pés dos apóstolos”. Estes pastores fizeram a nação brasileira ficar desconfiada, pois alguns estão enriquecendo as custas do evangelho. Estamos vivendo o tempo das falsas igrejas e das falsas palavras. Queria ver todos os crentes das igrejas da prosperidade andando de Mercedes ou Ferrari ou mesmo Honda Civic. O meu amigo vendedor cristão que trabalha em uma destas concessionárias ia ficar muito feliz. Vai lá irmão, decreta, determina, declare “eu quero de volta o que é meu”! Porque todos os crentes não estão de carro zero? Ou não são empresários? Apenas alguns que são pagos para dar o “Tristemunho”. Triste mania de mentir. Políticos cultuais. Gente mesquinha, que não conseguiu trabalhar direito no secular e foi tentar a sorte no religioso. Aviso: Serão pegos pelo Espiritual, Ele não falha! Serão pegos em breve! Eu, quero de volta o que é de Jesus: O Seu brilho em mim.
Estou por conta com estes homens que são uma fraude evangélica nacional. Jesus, em Mateus 16, diz, depois de realizar milagre: “Não contem a ninguém”. Já os farsantes destacam seus milagres, suas conquistas em rede nacional. Lembre-se: quarteirões inteiros, um montão de templos, ficarão á disposição de Satanás quando a Igreja verdadeira for levada. Que aconteça logo, pois está difícil. Quase me corrompi nesta semana ouvindo uma pessoa pedir perdão por não ir à comunhão porque ia levar o cachorro ao médico veterinário e não ia poder ir a igreja. Que absurdo! Um cão é mais importante que meu irmão necessitado! Um outro dizendo: “vou ficar em casa, pois estou mal e prefiro ficar recluso a ter de ver as pessoas”. Jesus faria o mesmo? O Reino de Deus é constituído por gente que luta contra o mundo.
João Batista tinha um recado para este tipo de gentinha: Cobras venenosas! Seres rastejantes indignos! Répteis escravos de sua culpa pecaminosa e cheios de desculpas! É o que este povo é. Cobras venenosas e peçonhentas! Destruidores de ministérios! Arrependei-vos!
Voces escolhem a quem seguir!! a vida é sua !!
O fenômeno evangélico no Brasil adquiriu uma caricatura. O Evangelho de Jesus Cristo ficou em segundo plano em nome de "uma nova visão". Ser cristão evangélico no Brasil implica uma identidade difusa:
1) ser "crente" se resume basicamente à magia religiosa, exercitada em auditórios onde se promete cura e proteção, sucesso financeiro e soluções imediatas para problemas e conflitos;
2) O discipulado de Jesus foi substituído pela venda de soluções fáceis;
3) A vida comunitária foi substituída pela metodologia empresarial como recurso de expansão;
4) A celebração da fé foi substituída por rituais grotescos, numa mistura de superstição, feitiçaria gospel e macumba evangélica;
5) Pastores foram substituídos por gurus, apóstolos e outros heróis, mais ocupados em comandar um grande exército que em conduzir pessoas à intimidade com Deus;
6) A Bíblia foi substituída por uma teologia popular, com discursos extraídos das falas dos líderes carismáticos, na qual o sentido original da bíblia é deturpado e diluído de boca em boca, até chegar ao último da fila como sal que para nada mais presta;
7) O engajamento no Reino de Deus foi substituído pela adesão ao "ministério do fulano", a "cobertura do sicrano" e à "visão do beltrano";
8) A cruz, como símbolo maior do cristianismo, foi substituída por bonés, adesivos e camisetas com estampas da comunidade A, ministério B e apóstolo C.
Enfim, parece mesmo que "outro evangelho" está sendo anunciado, e por ser outro deve ser anátema (maldito)
Todos nós precisamos rever alguns conceitos nossos hoje, deixemos de ser tão medrosos recorramos à bíblia e vamos dar um basta nessa farsa isso só fortalece a operosidade do erro e o surgimento do anticristo.
Parintins Livre