A IGREJA EM CÁCERES LIBERTA-SE DO CÁRCERE

Amados Irmãos Responsáveis da Igreja em Cuiabá:

Inicialmente gostaríamos de esclarecer que optamos em manifestar os nossos sentimentos a respeito da comunhão que tivemos no dia 28/11/2010, por meio desta carta, para evitar que caiamos na esfera da discussão do certo e errado.

Como foi bem colocado “não nos compete julgar a ninguém”, por isso nós limitamos os nossos sentimentos tão somente no que diz respeito a nossa fé e naquilo que temos crido, visto e ouvido.

Gostaríamos de salientar que foi com grande alegria no coração que recebemos a visita dos Irmãos João Bosco, Luiz, Tarik e Wilson em Cáceres, no último dia 28.

Pudemos desfrutar da companhia de pessoas que tem uma história de muitos anos conosco. Além disso, os irmãos expuseram claramente para nós a questão de preservarmos o Testemunho da Igreja e assim preservarmos a Expressão da Unidade do Povo de Deus.

Temos observado nos últimos anos que, na realidade, a Unidade tem se enfraquecido, não entre nós que estamos no final da linha, mas entre os irmãos que estão nos liderando há anos.

Acreditamos, inclusive, que este seja um dos principais determinantes das dificuldades que a Restauração do Senhor vem enfrentando nos últimos anos, em toda a Terra.

A Expressão da Unidade do Povo de Deus, um mesmo falar em toda a Terra, como podia ser observado há 20 anos, já não existe mais.

A triste separação entre o Ministério do Irmão Dong e o LSM fez com que grande parte desse sonho se esvaísse.

Como bem disse o irmão Wilson na comunhão do dia 28/11/10, “ninguém tem 100% de certeza de nada e a verdade pura dos fatos só o Senhor sabe”. 

Quem estava certo? Os irmãos do LSM alegam que eles estavam certos e que o irmão Dong dividiu o Corpo, já os Cooperadores do irmão Dong têm a convicção de que eles é que seguem o Ministério do Espírito e Vida.

Nós, do lado de fora do confronto só podemos observar que, nesta situação, a Unidade não foi colocada em primeiro plano. O primeiro plano na verdade ficou por conta de interesses individuais de cada liderança.

Este tipo de observação é dolorosamente acessível a qualquer pessoa que tenha interesse de pesquisar e analisar os fatos. Dizemos “dolorosamente” porque muitos não se sentem estruturados psicológica e espiritualmente para verificar informações que não gostaria de saber e muito menos constatar que elas existem.

Entretanto todos nós que estamos na Restauração do Senhor viemos para cá porque observamos e constatamos desvios existentes nas denominações e encontramos na Restauração a constatação de transparência no agir e a base firmada unicamente no Nome do Senhor na Palavra Pura. Por isso devemos sempre permanecer atentos e sensíveis para que possamos detectar quaisquer desvios que possam ocorrer em nosso meio. 

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Após a cisão com o LSM, cada qual passou a disputar o seu próprio terreno, como o fazem as Denominações.

Nesta “disputa de terreno” os membros do Corpo de Cristo foram incluídos, recebendo cada vez mais encargos de ofertas, venda de livros, manutenção dos CEAPEs, e muitos outros, que foram se tornando um peso para muitos irmãos. Isto fez com que o Testemunho da Unidade no Nome do Senhor, o amor fraternal e a palavra rica e pura, deixassem de ser o foco principal.

E essa linha de atuação (mover atual) vem se acentuando a cada ano.

Nosso alimento Diário tem se mantido mais em nível de leite espiritual e encargos, do que a rica palavra que tínhamos há alguns anos.

Até nossas reuniões de oração têm sido mais direcionadas aos encargos comerciais como Banner, Colportagem, Expansão, Catálogo de livros, Bookafé, etc, do que aos princípios básicos para Edificação da Igreja.

Como bem disse o irmão João Bosco na ultima comunhão que tivemos, “nós temos que ter comunhão antes que os problemas tomem vulto”. Infelizmente uma grande porcentagem dos irmãos vê estes fatos e muitos outros, mas não se abrem por medos de represálias. Entretanto, se lhes fosse dado o direito de se expressar abertamente, como foi feito em nossa localidade, poderia ser constatado que isto é uma realidade.

A exemplo da represália que houve contra o Hélcio ao se manifestar, nós constatamos atitudes semelhantes em muitas localidades, contrariando tudo o que aprendemos e ouvimos. 

Entendemos que os pontos abordados pelo irmão Hélcio são anseios de muitos irmãos, sendo que a pressão exercida pelos lideres não permitem que esta estatística seja observada e constatada.

Mais uma vez vemos o Corpo de Cristo se re-dividindo, num momento em que a Unidade deveria ser colocada em 1º plano.

Os pontos destacados pelo irmão Hélcio em sua carta ao irmão Dong ganharam força não porque as pessoas querem seguí-lo, mas sim porque são argumentos contundentes e fundamentados na Palavra e em observação. Após a explanação aberta e respeitosa que vemos nesta carta, percebemos uma resposta autoritária e até arbitraria, fazendo esvaecer toda esperança de voltarmos aos princípios que aprendemos deles próprios.

Os encargos foram ainda mais reforçados, como se houvesse uma disputa de força e de convencimento. 

Isso pode ser facilmente percebido nas Mensagens da Conferência em Foz do Iguaçu nos dias 20 a 22/11/10 onde há um esforço no sentido de espiritualizar a palavra Bookafé, misturado a uma esfera de envolvimento emocional, que para muitos torna difícil discernir alma/espírito.

Também a tentativa de espiritualizar as 3 fumacinhas que saem da xícara do Bookafé representando o Deus triúno, em mensagem liberada em Campinas. Realmente nunca vimos esse tipo de palavra e de atitude na Vida da Igreja antes.

Nosso maior desejo é que pudéssemos voltar ao princípio, no tempo em que toda palavra que ouvíamos era confirmada pela Bíblia e assim era selada  para nós e pelo Espirito. 

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Não estamos contra os irmãos. Nosso desacordo consiste nas atitudes que consideramos desvios daquilo que deles mesmos ouvimos e  aprendemos. Reconhecemos o Irmão Dong como Apostolo usado por Deus para conduzir Seu Povo, mas não podemos segui-lo cegamente por caminhos que entendemos serem desvios da palavra e também daquilo que aprendemos de seus próprios ensinamentos no passado.

Não queremos seguir nem A e nem B, pois pensamos que o Senhor pode liberar Sua palavra por meio dos vários Apóstolos que existem na Terra. Se ficarmos “presos” a apenas uma única direção, perderemos a oportunidade de desfrutá-lo em Sua plenitude.

Essa é a visão que temos no momento.

Amamos ao Senhor e também amamos os Irmãos de Cuiabá e gostaríamos de continuar na confortável posição em que nos encontrávamos, mas cremos que o Senhor esta nos dando um “chacoalhão” para nos provar com este fogo, até o ponto de termos que optar entre o Senhor + A Palavra Pura e o Ministério que vínhamos seguindo por muitos anos.

Difícil escolha esta. Não se trata de jogar toda uma história de anos no lixo. Até aqui foi muito bom, crescemos em vida e o Senhor pôde inscrever em nós muito de Sua maravilhosa natureza. A questão é que, daqui para frente a tendência que se mostra é de um desvio mais acentuado a cada ano.

Que faremos com todo o amor que desenvolvemos por todos estes anos em que estivemos com Vocês?? Só nos resta uma resposta:

Ele está e sempre estará presente em nós, disponível para se derramar por qualquer um de vós que deseje desfrutá-lo. Nossas casas e nossos corações estarão sempre abertos a vocês, nossos irmãos para sempre.

Desejávamos que todos nós pudéssemos entender toda essa situação com a mesma lente do Espírito e da Alma, mas as nossas lentes, diferentes neste momento, não valem mais do que as pessoas envolvidas.

Voltamos a reafirmar que, de tudo que aprendemos na Restauração até hoje, não nos sentimos em paz, no momento atual, de continuarmos com todos os encargos que estão sobre nós e nem mesmo de seguirmos o mover atual.

Por fim queremos ressaltar mais uma vez que a presente carta não visa fecharmos as portas para comunhão, mas preservar a nossa fé no reto caminho que o Senhor nos deu desde o princípio, firmada no Nome do Senhor e na Palavra Pura. Cremos ainda que mantendo neste caminho conservaremos a expressão da Igreja pura e genuína nesta cidade.

Tão logo possamos perceber que a restauração voltou à prática e ao viver que tínhamos quando começamos a nos reunir, o Senhor nos incluirá novamente no mesmo encargo.

Aproveitamos este momento para participar aos irmãos, que após o dia 31/12/2010 não estaremos mais enviando os repasses dos encargos assumidos atualmente.

Jesus é o Nosso Senhor! Todos nós O servimos de coração puro.

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1ª Jo 3: 14 Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte. 15 Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. 16 Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.

Ednei Nardoni

Francisco Tonietti

Gasparino Cirqueira

Gilberto Jose da Costa

Jose Roberto Silva

Juliano Belote

Luciano Romano

Nivaldo Cortela