quarta-feira, 20 de abril de 2011

Amor e Aflição - C.H.Spurgeon

Nosso Senhor Jesus Cristo se tornou a completa alegria e consolação de seu povo, quando submergiu nas profundezas do sofrimento. Vejam o homem no jardim do Getsêmani. Contemplem o coração dEle, tão repleto de amor, que Ele mesmo não podia retê-lo, e tão repleto de aflição, que Ele tinha de encontrar uma forma de desabafo. Vejam o suor sangrento, enquanto ele cai no chão. Contemplem o homem, enquanto os soldados pregam os cravos nas mãos e nos pés dEle.

Olhem, pecadores arrependidos, e vejam a triste imagem do Salvador em sofrimento. As gotas de sangue permanecem na coroa de espinhos e adornam o diadema do Rei com jóias de valor incalculável. Vejam o homem, quando todos os seus ossos estão desarticulados e Ele está se derramando, como água, e sendo trazido à morte. Deus O abandonou, e o inferno O cercou.

Contemplem e verifiquem: jamais houve alguma aflição semelhante à dEle? Aproximem-se e admirem o espetáculo — singular, sem igual, uma maravilha para os homens e para os anjos. Fixem os olhos nEle, pois, se não existe consolação no Cristo crucificado, não existe nenhum regozijo na terra ou no céu. Se o preço de resgate do sangue de Cristo não oferece qualquer esperança, não pode haver qualquer gozo em seu coração. Quando nos assentamos aos pés da cruz, ficamos menos perturbados com nossas dúvidas e temores.

Quando vemos os sofrimentos do Senhor Jesus, nos sentimos envergonhados de mencionar os nossos próprios sofrimentos. Precisamos tão-somente fixar nossos olhos em suas feridas, para que as nossas sejam curadas. Se vivermos em retidão, isso acontecerá por meio da contemplação da morte de Cristo. Se formos elevados à dignidade, isso ocorrerá por considerarmos a humilhação e as aflições de Cristo.

C.H.Spurgeon

Parintins Livre 
 

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